24
ESPECIAL
OUTUBRO /2016
| INFORMATIVO FAESP
A FAESP – Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de
São Paulo, em parceria com o Grupo
Estado, tem mantido reflexões de
alto nível sobre temas relevantes
para o setor agropecuário e desen-
volvimento do agronegócio.
1. Na visão da FAESP, a agrope-
cuária não conta ainda com uma real
e adequada política agrícola, à altura
de sua expressão e potencialidade,
apesar dos continuados resultados
positivos gerados.
2. O fortalecimento do Agro se
comprova facilmente, basta lembrar
da recuperação e consolidação do se-
tor a partir do “Crack” de 1929, pois
com certeza essa crise revigorou a
capacidade empreendedora, a perse-
verança e a fé dos produtores e tra-
balhadores rurais.
3. De lá para cá, o café deixou de
ser o principal produto de exporta-
ção e outras atividades agrícolas e
pecuárias ganharam importância.
Hoje, o que presenciamos, é a exu-
berância da agropecuária nacional
que abastece população superior a
200 milhões de pessoas, propicia su-
perávit na balança comercial, produz
energia limpa, gerando empregos e
renda, bases da manutenção da or-
dem e paz social. mas dificuldades e
gargalos teimam em desafiar o setor
e se repetem ao longo dos anos.
4. O Poder Executivo reconhece
os problemas e identifica as solu-
ções necessárias, mas os obstáculos
se mantém, porque falta justamen-
te vontade política e capacidade de
execução dos programas, projetos,
reformas e políticas públicas.
5. Presenciamos nos órgãos de
governo discussões e debates in-
termináveis, trato inadequado e
desrespeitoso com o setor privado,
além da ausência de solicitude, de
zelo com a coisa pública e exces-
so de burocracia, sintoma de uma
democracia doente. A burocracia
no setor público vem caminhando
para um nível insuportável, afetan-
do não só a própria administração
pública, mas trazendo desencoraja-
mento na esfera privada, com con-
sequências econômicas e sociais
preocupantes.
6. A gestão da coisa pública terá
de alcançar um patamar mais eleva-
do de eficácia e eficiência para não
comprometer a execução dos pro-
jetos de interesse da nação. A ques-
tão hoje não é “o que fazer?”, mas,
Falta política agrícola
adequada ao País
