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INFORMATIVO FAESP |
OUTUBRO /2016
PAULINELLI
“Se houver dinheiro, é claro que o
governo ajudará os agricultores pre-
judicados pela seca”, disse o ministro
da Agricultura, Alysson Paulinelli, du-
rante entrevista coletiva concedida
no Parque do Anhembi. O ministro
em São Paulo participou da soleni-
dade de posse da nova diretoria da
Federação da Agricultura do Estado
de São Paulo (FAESP) e, ao discursar
perante autoridades federais, esta-
duais, líderes rurais e produtores,
ressaltou que “o Presidente Geisel
tem sido fiel a sua meta de governo
de dar prioridade ao setor agrícola”
Lamentou, no entanto, “a escassez
de recursos” e reconheceu que “a
agricultura esta sendo submetida a
grandes sacrifícios”.
No discurso de posse, preceden-
do o ministro, o presidente reeleito
da FAESP, Fábio Meirelles destacou
a participação da agropecuária na
economia nacional afirmando, entre
outros exemplos, que foi graças ao
setor, em particular ao café, que o
Presidente da República suspendeu a
decisão de implantar o depósito com-
pulsório para a gasolina, um sacrifício
que toda a Nação deveria cumprir.
Disse também que os agricultores es-
tão dispostos a “contribuir”.
“Contribuir – disse – significa o direi-
to inalienável de participar das gran-
des decisões para o setor, não ser-
mos constantemente surpreendidos
e, o que é pior, desestimulados, pre-
judicados e, ao final, termos de assu-
mir o ônus de decisões apressadas,
injustas e insensatas, não tanto para
a categoria, mas para o próprio País”.
Criticou a sistemática do ICM que
acabou “gerando o aventureirismo
industrialista” e considerou “injusti-
ficável” a falta de equiparação legal
entre o trabalhador urbano e o rural
“que até hoje não conhece os benefí-
cios do Fundo de Garantia, por exem-
plo, e tem a falsa segurança empre-
gatícia”. Fábio Meirelles afirmou que
nos últimos três anos, período em
que presidiu a FAESP, o valor da pro-
dução agropecuária paulista passou
de CrS 21 bilhões para CrS 66 bilhões.
Mas lamentou que os agricultores
não tenham recebido “a contraparti-
da necessária do apoio e de retorno”.
“Neste período tivemos restrições
de crédito agrícola, aviltamento de
preços mínimos, maior controle das
fontes primárias e cresceram os en-
cargos fiscais.” Lamentou ainda a
falta de uma politica agropecuária,
“uma doutrina econômico-financei-
ra, que possa levar o setor a preços
compatíveis com a atividade da pro-
dução”; uma politica definida de cré-
dito agrícola e “não ao sabor do ga-
nho eventual dos sócios sem riscos”;
a melhoria no escoamento das safras
no mercado interno e também o apri-
moramento das frotas e dos portos,
objetivando a exportação.
INFLAÇÃO
O ministro Paulinelli justificou
a ação do governo afirmando que
Meirelles com personalidades e autoridades; entre elas o ex Governador, Orestes Quercia e o Presidente da FIESP, Mario Amato