Informativo FAESP-SENAR-AR/SP - Edição Nº 04 - page 22

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ESPECIAL
OUTUBRO /2016
 | INFORMATIVO FAESP
Na perspectiva da FAESP, a agri-
cultura brasileira não conta com uma
política agrícola adequada. Os resul-
tados positivos do Agro são obtidos
com um sacrifício desnecessário dos
nossos produtores, que não dispõem
de instrumentos de proteção contra
os riscos inerentes à atividade.
Mesmo assim, a contribuição da
classe rural é inequívoca para o abas-
tecimento da população, equilíbrio
das contas externas, geração de em-
prego e renda e, inclusive, manuten-
ção da ordem e da paz social.
A estruturação da nossa política
agrícola ganhou impulso na déca-
da de 60, com a criação do SNCR –
Sistema Nacional de Crédito Rural
e reformulação da PGPM – Política
de Garantia do Preço Mínimo. Na
década de 70, houve a criação da
EMBRAPA e o estabelecimento das
primeiras políticas setoriais, com
a criação do Pró-alcool, edificando
o mais bem-sucedido programa de
energia renovável do mundo. Esse
período, que durou de 1965 a 1985, é
conhecido como fase de “moderniza-
ção da agricultura”.
De 1985 a 1995, passou-se pela
fase da “transição da agricultura”,
com planos de estabilização econô-
mica, abertura comercial e redução
do crédito oficial. De 1995 para cá, a
política agrícola entrou em uma fase
denominada de “agricultura susten-
tável”, com menor intervenção do
governo e políticas orientadas ao
mercado. Essa fase ainda está em
curso e é apropriado, por conse-
guinte, contribuir com novas dire-
trizes para a restruturação de seus
instrumentos.
E é nessa esteira que a Federação
tem defendido uma política agrícola
plurianual, com horizonte de execu-
ção de 4 ou 5 anos e programas se-
toriais permanentes, lastreada na
elevação da produtividade, no ganho
de eficiência, na segurança alimen-
tar e na estabilização da renda no
campo.
Nessas bases, temos certeza,
conseguiremos lograr o equilíbrio
econômico nas cadeias produtivas,
abastecimento e controle da infla-
ção, manutenção dos empregos no
campo, conservação ambiental, con-
tinuidade dos investimentos e efi-
ciência produtiva, pilares da almeja-
da sustentabilidade.
Para esse propósito, cada vez
mais, nos convencemos que um ins-
trumento que precisa ganhar pre-
ponderância na política agrícola bra-
sileira é o seguro rural.
Esse instrumento pode ajudar os
produtores a lidar com os riscos de
mercado e climático, sustentando
a receita agropecuária no campo,
sem criar incentivos e vantagens
artificiais, ou causar distorções no
Agropecuária: arrimo do
desenvolvimento nacional
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