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INFORMATIVO FAESP |
OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO
O engenheiro de sistema do labo-
ratório de propulsão a jato da Nasa
(JPL/Nasa) Ivair Gontijo declarou
que a mudança climática é inegável
e pode representar uma oportuni-
dade de negócios para empresários
dispostos a investir em técnicas de
remoção de CO2 da atmosfera. Em
sua palestra o engenheiro destacou
formas de integrar a tecnologia espe-
cial ao plantio em solo terrestre.
Gontijo apresentou dados que
mostram o aumento dos níveis do
CO2 na atmosfera terrestre, sinal de
que a produção humana tem emitido
mais carbono que a natureza con-
segue absorver por conta própria.
“Pode ser que um dia o mundo pague
e muito bem a quem for capaz de re-
mover CO2 da atmosfera e não o ree-
mitir. Pode ser que exista um grande
modelo de negócios que vá crescer
nos próximos anos”, destacou.
O especialista da Nasa também
mostrou formas por meio das quais
as tecnologias atuais e os satélites
da agência espacial norte-americana
podem ajudar o setor agropecuário
com maior precisão. Dentre os des-
taques, Gontijo cita que é possível
identificar plantações e acompanhar
o crescimento das culturas, melhorar
a previsão de secas e de disponibili-
dade de água, além de identificar a
presença de umidade e nutrientes
com imagens de grande resolução.
“Isto já é inteiramente possível em
grandes áreas plantadas ou para ár-
vores frutíferas. Precisamos conectar
dados do espaço com os resultados
de produção na Terra”, salientou.
Nasa: mudança climática pode
gerar oportunidades
O presidente do Banco do Brasil,
Alexandre Corrêa Abreu, salientou
que a instituição financeira está
atenta à menor demanda por crédi-
to para investimento no Plano Safra
2015/2016. “Nós achamos que o au-
mento da produtividade está ligado
ao aumento do [crédito para] inves-
timento. É um ponto de atenção”,
afirmou em referência à possível
queda no rendimento das lavouras.
Segundo Abreu, os desembolsos do
crédito rural entre julho e setembro
somam R$ 21,7 bilhões, com média
de R$ 334 milhões por dia útil, um
avanço de cerca de 30% ante o mes-
mo período de 2014, mas não infor-
mou qual o montante destinado ao
investimento e qual se refere à linha
para custeio, cuja demanda aumen-
tou este ano. O executivo defendeu
a manutenção dos recursos para o
crédito rural mesmo em um ano “di-
fícil”, com contingenciamento do
orçamento público. “Foi mantido um
crescimento no crédito agrícola por-
que se entende que se diminuir a par-
ticipação [destes recursos] podem
ocorrer problemas na exportação e
aumento de preços. Foi uma decisão
correta”, comentou.
Corrêa afirma que o banco tem
buscado aumentar seu apoio aos
clientes que querem começar a
atuar ou voltar a participar do mer-
cado externo. “Achamos que a pauta
de exportação brasileira está muito
concentrada”, diz.
BB atento à menor demanda
por crédito
Ivair Gontijo, do laboratório de
propulsão a jato da Nasa (JPL/Nasa)
Alexandre Corrêa Abreu, presidente do
Banco do Brasil
Sergio Masson
Sergio Masson
