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ESPECIAL
OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO /2015
| INFORMATIVO FAESP
O presidente da Cosan, Marcos
Lutz, reforçou a necessidade de di-
versificar os modais brasileiros para
melhorar a logística da produção do
agronegócio nacional. O executivo
defendeu o aumento da participa-
ção das ferrovias na composição to-
tal dos transportes. “Claramente o
agronegócio será uma das principais
forças para a economia brasileira nos
próximos anos e um dos importantes
pilares para sairmos da crise em que
estamos hoje”. Lutz estimou que o
desperdício em razão dos gargalos
logísticos no Brasil equivale a 5% do
Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Segundo o executivo, o custo mé-
dio do transporte de grãos no País
é quatro vezes maior que o de con-
correntes, como Argentina e Estados
Unidos. Como exemplo, o presiden-
te da Cosan afirma que o transpor-
te de uma tonelada de Lucas do Rio
Verde (MT) a Santos (SP) por rodovia
custa R$ 310. “Basicamente gastos em
pneus, diesel e caminhões [deprecia-
ção] não pagam a conta das estradas
de Mato Grosso, que ficam destruí-
das”. Em contraste, se o produto fos-
se transportado por caminhões até
Rondonópolis (MT), e depois enviado
via ferrovia ao porto, o custo seria
de R$ 270 por tonelada. “Isso inclui
o investimento feito [no modal] que,
uma vez pago, está pago”, esclarece.
Como outros palestrantes do
painel “Desafios da logística”, Lutz
também ponderou que a iniciativa
privada precisa agir para melhorar
o escoamento da produção. Nessa
linha, ele cita que a Rumo ALL, em-
presa do grupo, pretende investir R$
7,4 bilhões até 2019. O montante se
refere à renovação da frota de cinco
mil vagões e duzentas locomotivas,
além da reforma de mais de três mil
quilômetros de vias permanentes e
construção de novos pátios.
Cosan: desperdício logístico
equivale a 5% do PIB
O presidente da Cosan, Marcos Lutz
Marcos Lutz
reforçou a
necessidade
de diversificar
os modais
brasileiros
para melhorar
a logística da
produção do
agronegócio
nacional
Sergio Masson