Informativo FAESP-SENAR-AR/SP - Edição Nº 01/2017 - page 35

AÇÕES E ATIVIDADES
SENAR-SP
Caderno
35
INFORMATIVO FAESP |
JANEIRO - FEVEREIRO /2017
No Brasil, a primeira notícia que se tem
conhecimento sobre a febre amarela
data do ano de 1685, em Pernambuco.
Na cidade de Salvador, na mesma épo-
ca teve um surto da doença que causou
a morte de centenas de pessoas num
período de seis anos. Mas, com a rea-
lização de uma intensa campanha de
prevenção obteve-se êxito no controle
da epidemia no país.
A Febre Amarela é uma doença infec-
ciosa, causada pelo vírus RNA e pode
ser transmitida por três tipos diferen-
tes de mosquitos. Nas regiões de mata,
os principais vetores da doença são os
mosquitos Haemagogus e Sabethes.
Nas áreas urbanas, a transmissão da
doença se dá pelo mosquito Aedes ae-
gypti, o mesmo responsável pela trans-
missão da dengue, chikungunya e zíka.
A transmissão da doença nas cidades
está erradicada desde o ano de 1942.
Apesar disso, é imperioso que se adote
todas as precauções para que a doença
não retorne na forma de epidemia jun-
tamente com as demais doenças trans-
mitidas pelomosquito.
O ciclo silvestre da doença só foi iden-
tificado em 1932, desde então, surtos
localizados acontecem nas áreas clas-
sificadas como áreas de risco: Estados
do Acre, Amazonas, Pará, Roraima,
Amapá, Rondônia, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Distri-
to Federal e Maranhão, e de transição
em parte dos Estados do Piauí, Bahia,
Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Recentemente, foramregistrados diver-
sos casos de contaminação pela febre
amarela na região sudeste do país. São
pessoas que não foram vacinadas, que
estiveram em áreas florestais conheci-
das como áreas de risco para a doença.
A febre amarela apresenta dois ciclos
epidemiológicos, de acordo com o local
de ocorrência e a espécie de vetor, o ur-
bano e o silvestre, porém, em ambos os
casos trata-se da mesma doença, com
sintomas e gravidade semelhantes.
É fato que a vacina produzida no país é
muito eficaz. Logo, recomenda-se que
as pessoas que forem se deslocar para
lugares onde haja risco de contrair a fe-
bre amarela devem procurar os postos
de vacinação da rede pública com dez
dias de antecedência.
No Estado de São Paulo, foram con-
firmados 03 casos da doença, porém,
acredita-se que essas pessoas tenham
sido contaminadas em outro Estado,
durante viagens recentes.
Perguntas frequentes
Quais os sintomasdadoença?
Os sintomas são: febre, dor de cabeça,
calafrios, náuseas, vômito, dores no
corpo e, nos casos mais graves, icterícia
(a pele e os olhos ficam amarelos) e he-
morragias (de gengivas, nariz, estôma-
go, intestino e urina).
Comoocorre sua transmissão?
É transmitida pela picada dos mosqui-
tos infectados. Não existe transmissão
de pessoa para pessoa.
Comodeve ser feitoo tratamento?
Não existe tratamento específico, ape-
nas sintomático e requer cuidados na
assistência ao paciente, deve perma-
necer em repouso com reposição de lí-
quidos. É imprescindível buscar a assis-
tência médica, nos casos mais graves,
internação hospitalar para reposição da
perda sanguínea, caso contrário, o pa-
ciente corre risco de vida.
Como seprevenir?
A única forma de evitar a febre amarela
é a vacinação contra a doença. A vacina
está disponível nos postos de saúde e
Unidades Básicas de Saúde (UBS) em
todo o Estado de São Paulo.
Orientações sobre a vacinação contra a febre amarela para residentes em área
com recomendação de vacina ou viajantes para essas áreas:
Indicação
Esquema
Crianças com idade entre 09
meses e 05 anos
Aplicar 01 dose aos 09 meses e o reforço até
atingir 05 anos, aguardando um intervalo mínimo
de 30 dias.
Crianças até 05 anos de idade
que receberam uma dose da
vacina.
Aplicar 01 dose de reforço, aguardando um
intervalo mínimo de 30 dias.
Pessoas com 05 anos de idade
ou mais, que nunca foram
vacinadas.
Aplicar 01 dose da vacina e após 10 anos de
intervalo, aplicar a dose de reforço.
Pessoas que já receberam 02
doses ao longo da vida.
Não precisam se vacinar novamente.
Pessoas com mais de 60 anos
que nunca foram vacinadas, ou
não tenham comprovante.
Deverá passar por avaliação médica na qual
será avaliado o risco e o benefício da vacinação,
individualmente.
Gestantes independentemente
de terem sido vacinadas ou não.
Vacinação é contraindicada, nos casos de
epidemia, deverão procurar orientação médica.
Mulheres que estejam
amamentando crianças de até
06 meses.
Vacinação é contraindicada, nos casos de
epidemia, deverão procurar orientação médica.
Viajantes
Para áreas de recomendação de vacinação,
devem tomar a vacina com antecedência mínima
de 10 dias.
FEBRE AMARELA –
prevenção é a solução
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