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INFORMATIVO FAESP |
JANEIRO - FEVEREIRO /2017
O Ministro a Agricultura, Blairo
Maggi declarou na reunião do Conse-
lho Superior do Agronegócio da Fiesp
(Cosag),em evento que comemorou 10
anos de sua criação que o agronegócio
pode responder rapidamente, o que
aumenta sua importância. O evento foi
prestigiado pelo Presidente Fábio Mei-
relles, autoridades e representantes de
agronegócio.
Oministro Blairo Maggi disse que a
balança comercial do agro émuito inte-
ressante. Maggi fez apresentação inti-
tulada Mercado Internacional do agro-
análise. Declarou que, como primeiro
ponto de sua atuação à frente da pasta
da Agricultura, temtentando incentivar
os agricultores e industriais a aumen-
tar sua produção e sua produtividade.
Procura criar umambiente favorável ao
negócio.
Lembrou que há graves problemas
no setor que o poder público deveria
resolver e disse que a redução da buro-
cracia interna de seuministério está em
curso, para que essas questões sejam
sanadas, segundo item de sua atuação.
“Negociações sanitárias e fitossanitá-
rias (SPS) internacionais são o grande
entrave à exportação, não as barreiras
comerciais”, explicou. “São cerca de
600 questões em discussão”.
Salientou que o volume de produ-
ção do Brasil tem aumentado, mas o
preço dos produtos, em queda, recuou
ao nível de 2010. Destacou a diversida-
de produtos exportados e demercados,
oque diminui a vulnerabilidade brasilei-
ra, mas 12 produtos agrícolas represen-
taram, em2016, 88,3%das exportações,
com destaque para a soja.
“O Brasil precisa chegar a 10% de
participação no mercado agrícola mun-
dial, disse o ministro. Parte das iniciati-
vas para mudar o panorama é estudar
as fraquezas do país no setor e saná-las.
E a contratação de adidos para o setor
(25, em 21 postos) deve ajudar”.
Há um problema de competitivida-
de do Brasil (42% de produtos compe-
titivos, contra 81% dos Estados Unidos
e da União Europeia), que precisa ser
identificado e combatido. E o Brasil se
concentra muito em poucos produtos.
Em pescados, por exemplo, o país é in-
significante. Em frutas, representa mui-
to pouco.
A criação de um selo brasileiro está
entre as iniciativas do governo, afirmou
Maggi. A sustentabilidade tem que ser
o foco da mudança de narrativa em re-
lação à produção do agro no país. Des-
tacou que só 8% do território é dedica-
do à agricultura, e 17%, à pecuária, dos
quais metade pode ser revertida, sem
redução do rebanho.
“O governo Trump já abriu oportu-
nidades, como comoMéxico, que vinha
se recusando a dialogar sobre negócios
no setor e agora se dispõe a conversar.
E outras deverão surgir”, disse.
Maggi também disse que está na
pauta do governo a inclusão do açúcar
ea reinclusãodoálcool na trocadeofer-
tas doMercosul com a União Europeia.
10 anos do Conselho
Superior do Agronegócio
Blairo Maggi e Fábio Meirelles participaram da reunião comemorativa dos 10 anos do Conselho Superior do Agronegócio