EDITORIAL
4
JANEIRO - FEVEREIRO /2017
| INFORMATIVO FAESP
Planejando 2017
Início de 2017. Hora de avaliar ações desen-
volvidas, planejar o novo ano, cobrar soluções
de entraves para o exercício das atividades do
meio rural. Temos pela frente mais um ano de
trabalho. Tempo de relembrar a importância do
agronegócio para o país.
O agronegócio, com oportunidades con-
cretas de expansão, vem assegurando ganhos
crescentes de produtividade, garantindo o
abastecimento e gerando superávits na balança
comercial, graças aos investimentos em máqui-
nas, implementos, biotecnologia, reafirman-
do que setor produtivo
demanda uma política
agrícola plurianual, com
instrumentos e condi-
ções estabelecidas para
o médio prazo, a fim de
evitar ciclos alternados
de expansão e retração.
Por sorte, os produ-
tores rurais são vocacio-
nados, têm fé e são per-
severantes. Trabalham
para impulsionar o Brasil,
plantando, cultivando e
colhendo safras para ga-
rantir o abastecimento
de milhões de brasileiros.
Continua a ser ina-
creditável que o Brasil,
um país de clima tropical
e, portanto, sujeito às
intempéries, não tenha
ainda um seguro rural amplo e efetivo, capaz
de assegurar renda aos empreendedores rurais.
Também voltamos a insistir no nosso clamor de
mais de 50 anos: a necessidade de estabeleci-
mento de uma política agrícola que vise forta-
lecer as atividades agropecuárias. Na visão da
FAESP, a agropecuária não conta ainda com
uma real e adequada política agrícola, à altura
de sua expressão e potencialidade, apesar dos
continuados resultados positivos gerados.
Os resultados positivos do Agro são obtidos
com um sacrifício desnecessário dos nossos
produtores, que não dispõem de instrumentos
de proteção contra os riscos inerentes à ativida-
de. Mesmo assim, a contribuição da classe rural
é inequívoca para o abastecimento da popula-
ção, equilíbrio das contas externas, geração de
emprego e renda e, inclusive, manutenção da
ordem e da paz social.
A estruturação da nossa política agrícola ga-
nhou impulso na década de 60, com a criação
do SNCR – Sistema Nacional de Crédito Rural
e reformulação da PGPM – Política de Garan-
tia do Preço Mínimo. Na década de 70, houve
a criação da EMBRAPA e o estabelecimento
das primeiras políticas setoriais, com a criação
do Pró-alcool, edificando o mais bem-sucedido
programa de energia renovável do mundo. Esse
período, que durou de 1965 a 1985, é conhecido
como fase de modernização da agricultura.
E é nessa esteira que a Federação tem defen-
dido uma política agrícola plurianual, com hori-
zonte de execução de 4 ou 5 anos e programas
setoriais permanentes, lastreada na elevação da
produtividade, no ganho de eficiência, na segu-
rança alimentar e na estabilização da renda no
campo.
Nessas bases, temos certeza, conseguiremos
lograr o equilíbrio econômico nas cadeias pro-
dutivas, abastecimento e controle da inflação,
manutenção dos empregos no campo, conser-
vação ambiental, continuidade dos investimen-
tos e eficiência produtiva, pilares da almejada
sustentabilidade.
É relevante assinalar a excepcional evolu-
ção das atividades do Sistema FAESP-SENAR/
SP ocorrida nos últimos tempos, oriunda da
implantação de vários programas de formação
profissional e promoção social rural voltados à
inserção social, capacitação profissional e eco-
nômica da família do campo.
Temos muito a realizar neste ano. Aprimo-
ramento das nossas atividades. Esperanças de
paz no campo. O produtor rural é incansável no
seu trabalho. Persistente e confiante no dia de
amanhã.
FábioMeirelles
Presidente do Sistema
FAESP-SENAR-AR/SP
e da AGRISHOW