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ESPECIAL
MARÇO - ABRIL - MAIO /2014 | Informativo FAESP
quentemente, o ingresso no seleto mercado consumidor;
- a falta de orientação técnica na etapa de produção é outro fator que influência negativamente. Os pro-dutores reclamam a ausência de um técnico para auxiliá-los na produção, o que resultaria em um produto de melhor qualidade e menor preço, tornando o produto orgânico mais competitivo frente aos produzidos no sistema convencional;
- a falta de organização do setor também é apontada como deficiên-cia pelos produtores. Deveria existir cooperativas ou associação próprias para o setor e que fossem atuantes e competentes para dar o devido su-porte aos produtores. A grande ame-aça aos produtores são os chamados “atravessadores” que podem ficar com seu lucro;
- acrescente-se ainda, aqueles que usam substâncias potencialmen-te tóxicas na lavoura geram resíduos na atmosfera, na água e no solo, mas se seu vizinho, que não está dentro do limite da APA, utilizar defensivo agrícola poderá gerar reflexos na-quela propriedade adjacente e se for produtor orgânico precisará possuir faixa de vegetação robusta e alta para isolar seu cultivo. O problema ou questão a ser feita é: tenho espa-ço para essa finalidade? Essa parte
que não irei utilizar para plantar pode comprometer minha produtividade? Produtores rurais (agricultura tra-dicional):
- a produção do orgânico não se dá na mesma velocidade do cultivo tradicional (justamente pelo uso de adubos e outros produtos químicos), o que impossibilitaria a manutenção da atual estrutura de produção e co-mercialização a qual, diga-se de pas-sagem, montada ao longo de anos de trabalho;
- decorrente do argumento acima, os ganhos também seriam reduzidos drasticamente, desestimulado a tro-ca de sistema de produção do con-vencional para o orgânico;
- outra dificuldade reside na tro-ca de sistema de produção, haja vista que o tempomédio para descontami-nação da área de plantio gira em tor-no de 05 (cinco) anos. Nesse período, o produtor, que não dispõe de outra área, ficaria sem renda;
- o cultivo misto (parte tradicional e parte orgânico) também se mostra inviável face às exigências legais que busca a não ocorrência de contami-nação da área de cultivo do orgânico. Exemplificando, teria que existir uma barreira natural ou artificial para im-pedir que o vento ou a água carregue produtos químicos para a área de produção orgânica;
- o custo de produção na mesma escala do produto convencional ele-varia o custo de produção, absorven-do o lucro com essa modalidade de cultura. A falta de matéria prima ou seu valor elevado são as principais causas;
- o visual do produto orgânico, que muitas vezes é inferior ao produ-to tradicionalmente cultivado, apa-rece como fator negativo junto aos produtores de orgânicos;
- também a falta ou inexistência total de sementes orgânicas. Atual-mente, as plantações de orgânicos são realizadas a partir de mudas ou sementes contaminadas por agentes químicos, realidade que precisaria mudar;
- finalmente, outro ponto nega-tivo é a falta de políticas públicas no sentido da conscientização do consu-midor acerca dos benefícios do pro-duto orgânico ou sua falta de opção financeira para aquisição de um pro-duto mais caro.
Mudança
A mudança de comportamento, da cultura, da redução de custos, da lucratividade e da exigência o merca-do consumidor pode abrir uma bre-cha no sentido de facilitar o caminho para a mudança da agricultura tra-dicional para a orgânica, talvez não
A questão do preço entre os produtos tradicionais e os orgânicos ainda se apresenta
como barreira a ser vencida
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