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integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas.

Durante a construção dos planos demanejo que serão aplicáveis a uma APA, deve se respeitar a ocupação humana já existente e buscar com-patibilizar o desenvolvimento econô-mico com a preservação ambiental. Nessa difícil equação reside o suces-so dos objetivos de sua criação. As práticas da agricultura tradi-cional, nos dias de hoje, impõem o emprego de tecnologias para asse-gurar a produtividade necessária que torna a atividade rentável. Afinal, como extrair da terra maior quanti-dade de alimentos sem que isso exija desmatar mais áreas para o cultivo? O agricultor está num negócio de al-tíssimo risco: tem chover e fazer sol na hora certa, rezar para não haver infestação de pragas e doenças na sua plantação, na época da colheita que os preços sejam aqueles previs-tos quando ele colocou as sementes no solo, que os juros de suas dívidas junto aos bancos, que financiou a produção, não “coma” seus lucros, sem contar eventuais problemas com as novas legislações ambientais. Normalmente, em áreas de pro-teção ambiental, é desejável que se pratique a agricultura orgânica, que assim é entendido pelo ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (MAPA):

“Na agricultura orgânica não é permitido o uso de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Não são utiliza-dos fertilizantes sintéticos solúveis agrotóxicos e transgênicos. Para ser

considerado orgânico, o produto tem que ser produzido em um ambiente de produção orgânica, onde se utiliza como base do processo produtivo os princípios agroecológicos que con-templam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações so-ciais e culturais.”

Transformar todas as proprieda-des rurais existentes dentro de uma APA nesse modelo seria o desejável, porém a realidade apresenta uma série de obstáculos, que precisarão ser vencidos num período de tempo longo.

O Sindicato Rural de São Paulo

empresta valiosas informações sobre a ótica de quem produz e vende pro-dutos orgânicos. Cabe ressaltar que este Sindicato abrange vinte e três municípios da região metropolitana, cujas propriedades, em sua maioria, estão abaixo de 4 módulos fiscais, portanto, pequenas propriedades e que apresentam, em tese, melhores condições para a migração para esse tipo de agricultura, mas consultando seus associados ou não, observou-se o seguinte:

produtores rurais (agricultura or-gânica):

- incerteza da comercialização da produção, motivada pela burocra-cia e a complexa legislação que nor-teiam a cultura de orgânicos, as quais dificultam sua certificação e, conse-