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« Previous Page Table of Contents Next Page »21 Informativo FAESP | SETEMBRO - OUTUBRO /2013
pelo consumo da bebida, gerando um excedente que acarretou muita espe-culação no mercado financeiro. O cafeicultor acrescenta ainda que a FAESP, na defesa do produtor, tem trilhado um caminho de alter-nativas para o curto prazo, através de leilões de opção, busca de finan-ciamentos e de rolagem das dívidas, além da verdadeira batalha pela me-lhoria da qualidade do café torrado consumido no país. “Estamos empe-nhados na melhoria da qualidade do produto com a extirpação dos grãos pretos e ardidos.”
Francisco Sergio Lange, Presi-dente do Sindicato Rural de Divi-nolândia, considera a situação atual
da cafeicultura “lamentável”. “Com tanta oportunidade, conhecimento, não estamos podendo aplicar isso tudo na prática, e cabe ao governo ser mais ágil no atendimento das de-mandas, pois as soluções são emer-genciais, já que existe muito café no mercado, não havendo dúvida de que os acontecimentos no Brasil ganham reflexos em todo o mundo, pois so-mos o espelho da realidade setorial do produto.”
Por outro lado, Lage se queixa de não haver mobilização por parte do governo no sentido de que sejam prorrogadas as dívidas. “Temos que definir urgentemente uma agen-da estratégica para a cafeicultura e tenho a certeza que a FAESP deve liderar este movimento, agregando cafeicultores de outros estados para que, unidos, falemos uma só lingua-gem. Juntos ganharemos força e te-remos condições de procurar rever-ter esta conjuntura adversa.”
Endividamento
Ademar Pereira, Presidente do Sindicato Rural de Caconde, tam-bém vê como problema primordial do setor a questão do endividamen-to e afirma que as dívidas precisam ser urgentemente prorrogadas, pois os produtores vêm arcando com au-mentos expressivos dos custos da mão de obra, sem a justa remunera-ção do produto. “Também deve haver uma aproximação de todos os elos componentes da cadeia- produtores, exportadores e cooperativas para que encontremos saídas para a situ-ação atual.”
Abandono
Maurício Lima Verde Guimarães, Presidente do Sindicato Rural de Bauru, que milita no setor há mais de 40 anos, afirma não ter lembranças de uma crise como a vivenciada pela cafeicultura nos dias atuais. “Um dos motivos para tão séria realidade é es-tar havendo um desequilíbrio entre consumo e produção, o que faz com que os produtores, sem remunera-ção adequada, abandonem o setor e
migrem para outras culturas, como cana e seringueira.” Lembra que a FAESP, por intermédio do Presidente FábioMeirelles, tem sido a célula ma-ter de defesa do cafeicultor no país: “o nosso Presidente, também cafei-cultor, temo café no sangue, vivencia toda a nossa problemática e sempre tem acolhido as nossas propostas e vem encaminhando às autoridades competentes solicitações para a con-quista de melhores preços, melhoria da qualidade do produto, além de estudos com alternativas de solução para os entraves.”
Destaca, por outro lado, que a si-tuação se agrava porque, a cada dia aumenta a oferta do produto tam-bém em outros países, salientando que, em sua opinião, não existe solu-ção possível sem que o governo sub-sidie o produtor: “isso acontece em todo o mundo para os produtos pri-mários”, ressaltando que, sem essa medida, não vê solução para a crise, pois o produtor não tem condições de continuar investindo no setor, nem de plantar lavouras novas. Enfatizando não haver saída no curto prazo, argumenta que “o pro-dutor fica cada vez mais empobreci-do e temos de pensar nas consequên-cias danosas de toda esta situação e do consequente desemprego para os trabalhadores no campo, sendo pre-ciso propalar aspectos positivos com relação ao produto, como o fato de o Instituto Vanderbilt, dos Estados Unidos, ter divulgado estudo com informações de que o café faz bem à saúde, ao contrário do que se aprego-ava anteriormente.”
José Rubens de Oliveira, Presi-dente do Sindicato Rural de Piraju afirma parecer contrassenso, mas o Brasil, o maior produtor de café ará-bica do mundo, enfrenta uma crise na produção. “Por causa das chuvas tivemos uma redução considerá-vel da produção de cafés especiais e como se isso não bastasse, temos contratos antigos para serem acerta-dos. Assim, é grande o desanimo dos produtores em busca de uma solução para os problemas”.
Meirelles: “a importância da cafeicultura para o país não está sendo reconhecida pelo governo, nem está sendo considerada a geração de divisas externas, de empregos e de renda nos municípios brasileiros, advinda do setor.”
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