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O Presidente da FAESP, Fábio Meirelles, afirmou existir um enorme desinteresse por parte das autorida-des responsáveis pelo café no Brasil e esta é uma das razões pela qual a cafeicultura brasileira enfrenta uma das piores crises já vivenciadas nos últimos anos. Ressaltou ser primor-dial o estabelecimento de uma polí-tica sustentável para a cafeicultura, com a aprovação de linhas de finan-ciamento especificas, pois cada tipo de café exige investimento diferen-ciado – “produzir café de montanha é mais oneroso, daí ser fundamental que haja programas de estímulo ao aumento de consumo e de incre-mento da qualidade do café brasilei-ro.” Esclarece ainda que deveria ser retomada a campanha que teve início

no ano passado, para proporcionar melhor acesso ao produto de melhor qualidade, o chamado blend especial, carro chefe das exportações da com-modity.”

Em sua opinião, o Brasil já pode-ria estar disponibilizando cerca de 25 a 30 milhões de sacas de café de melhor qualidade à população e tam-bém aumentado o volume das ex-portações. “Isso viria criar condições para melhorar a renda do cafeicultor, evitando que ele deixasse a ativida-de com subsequente êxodo rural e o desemprego dos trabalhadores. Mas, a importância da cafeicultura para o país não está sendo reconhecida pelo governo, nem está sendo considera-da a geração de divisas externas, de empregos e de renda nos municípios

brasileiros, advinda do setor.” Meirelles questiona também o preço mínimo para o café estipulado pelo governo, “totalmente fora da re-alidade.”

Cláudio Masson, Coordenador da Mesa Diretora de Café da FAESP, corrobora que o setor enfrenta uma das piores crises dos últimos tempos, “com enorme prejuízo para todos os cafeicultores do Estado de São Pau-lo.” Destaca ter havido uma elevação muito grande do volume do produto no mercado internacional, significa-tivo incremento da produção global que, em contrapartida, não foram acompanhados na mesma proporção

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