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33 Informativo FAESP | ABRIL - MAIO /2013

temas em que o consenso está mais próximo e, ao mesmo tempo, lançar as bases para negociar as questões de maior sensibilidade, tais como: aces-so a mercados e subsídios agrícolas. Sua experiência como diplomata e negociador daOMC pode ser útil para reviver as negociações multilaterais. Azevêdo atuava como representante permanente do Brasil na OMC desde 2008. E também participou de quase todas as conferências ministeriais desde o lançamento, em 2001. No que tange aos litígios impor-tantes vencidos pelo Brasil na OMC, como nos casos dos subsídios ao algodão contra os EUA e ao açúcar contra a União Europeia (UE), ele foi o chefe da delegação brasileira. O governo brasileiro trabalhou intensamente na campanha do di-plomata. E não poderia ser dife-rente, o Brasil sempre apostou no multilateralismo e na conclusão das negociações da Rodada de Doha. En-quanto isso, o resto do mundo fazia inúmeros acordos bilaterais e inter-regionais. Em mais de 20 anos, ou seja, desde 1991, quando se tornou membro do Mercosul, o País fechou somente três acordos bilaterais: Isra-

el, Egito e Palestina. Sendo que só o primeiro encontra-se em vigência. Analistas creem que agora a OMC não tem muita perspectiva de avan-çar. Assim, mesmo à frente da OMC, começa a surgir no governo a per-cepção de que temos que partir para acordos bilaterais. De fato, o mundo avançou nessa direção e o Brasil fi-

cou estagnado, perdendo mercado para os nossos concorrentes, mas será que agora é o momento de mu-dar os rumos da diplomacia brasilei-ra, justamente quando o País assume posição de liderança na OMC, enti-dade que preconiza a realização de acordos multilaterais amplos?

OEmbaixadorRobertoAzevêdoreúne importantes qualificaçõesparaoexercícioda função deDiretor- -Geral daOMC, comamploconhecimentodaOrgani-zação, seusmecanismose potencialidades, estando diretamenteenvolvidocomtemaseconômicoshámais de20anos:

(a)de 1995a 1997, atuoucomoSubchefeparaAssun-tosEconômicosnoGabinetedoMinistro deEstadodas RelaçõesExteriores;

(b) entre 1997e2001, serviunaDelegaçãodoBrasil juntoàONUeOutrosOrganismos Internacionaisem Genebra, acompanhandocontenciososnaOMCnaqua-lidadedemembrodepainéisechefededelegação; (c) em2001, participoudacriaçãodaCoordenação- -Geral deContenciososdo Itamaraty, unidadeque dirigiupormaisdequatroanos, atuandocomochefede delegaçãoem contenciosos comoos casosdeSubsí-

diosaoAlgodão (iniciadopeloBrasil contraosEstados Unidos), SubsídiosàExportaçãodeAçúcar (iniciado peloBrasil contraasComunidadesEuropeias) eMedi-dasqueAfetama ImportaçãodePneusReformados (litígio iniciadopelasComunidadesEuropeias); (d)de2005a2006, chefiouoDepartamentoEco-nômicodoMinistériodasRelaçõesExteriores, atuan-docomochefedadelegaçãobrasileiranaRodadade NegociaçõesMultilateraisdaOrganizaçãoMundial do Comércio (RodadaDoha);

(e) entre2006e2008, foi Subsecretário-Geral de AssuntosEconômicoseTecnológicosdoMinistériodas RelaçõesExteriores;

(f)desdesetembrode2008, éoRepresentantePer-manentedoBrasil juntoàOMCeoutrasOrganizações EconômicasemGenebra, atuandocomonegociador- -chaveparaasnegociaçõesmultilateraisdecomércio.

SAIBAMAIS

Diretor-Geral da OMC: É o principal cargo ocupado por um brasileiro na diplo-

macia internacional

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