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Trata-se de uma experiência de sucesso que ocorreu numa das tur-mas do Sindicato Rural de Bebedou-ro, que quebra muitos paradigmas quanto ao uso do computador na al-fabetização de jovens e adultos. A alfabetização não se resume so-mente ao conhecimento da língua por-tuguesa, matemática leitura e escrita, mas no aprendizado de outras áreas do conhecimento, como a cidadania, geografia, história, matemática, ciên-cias, artes, música, inclusive informá-tica, fazendo parte da inclusão digital, como ocorreu com 22 educandos da sala de aula da educadora Sônia, sendo eles trabalhadores da cultura da laran-ja, entre homens e mulheres.

Foram parceiros do programa a escola José Garrido, cedendo o local e todas as instalações para que as au-las transcorressem com segurança e harmonia, e também a Fundação Te-lefônica, como fornecimento de clas-smates (um tipo de notebook) para cada educando e lousa digital. A alfabetização foi centrada num projeto pedagógico, iniciando pelas histórias dos trabalhadores e traba-lhadoras rurais e alfabetizadora. Esse aspecto é fundamental, criando ca-minhos para a aprendizagem. O cuidado com a acolhida e am-bientação também foi fator prepon-derante, promoveu o conforto e a in-tegração dos trabalhadores rurais, que

saemde casa às 3 horas damanhã, dei-xamo trabalho às 15 horas, retornando para o lar por volta das 18 horas. A educadora Sônia enfatiza os princípios básicos da prática educa-tiva, ou seja, é necessário refletir so-bre: “o que se vai ensinar, por que vai ensinar e para que vai ensinar”, dessa forma, o computador é parte inte-grante dos diversos recursos didáti-cos utilizados durante o programa e que é agrupado às outras ferramen-tas e estratégias pedagógicas. Os adultos não se interessam em sómexer no computador, mas no que ele lhes oferece enquanto aprendiza-do e informação, desde que tenha significado no seu cotidiano.

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