Page 7 - jornaled3-2014

zelo com a coisa pública e excesso de burocracia, sinto-ma de uma democracia doente. A burocracia no setor público vem caminhando para um nível insuportável, afetando não só a própria administração pública, mas trazendo desencorajamento na esfera privada, com consequências econômicas e sociais preocupantes. A gestão da coisa pública terá de alcançar um patamar mais elevado de eficácia e eficiência para não comprometer a execução dos projetos de interesse da nação. A questão hoje não é “o que fazer?”, mas, “como fazer?” Isto é, como implantar com êxito os planos e programas necessários ao País?

O agronegócio é um sistema orgânico cuja expansão harmônica depende da atuação sobre todos os temas abordados no livro. Mas é salutar governar com foco e precisão, priorizando ações imediatas para os seguintes temas:

Agroenergia: é fundamental eliminar os entraves que asfixiam o segmento sucroenergético, um sucesso nacional que padece por políticas inconsistentes. Garantia de renda: num país tropical como o Brasil é imprescindível que a política agrícola tenha foco na garantia de renda dos produtores, a fim de assegurar a estabilidade de toda a cadeia produtiva (vejamos: a seca que assola os trópicos neste ano comprova essa necessidade)

Infraestrutura e logística: atenção especial e plano de ação de longo prazo, sob uma política estratégica de Estado, são necessários, pois a fragilidade neste campo está limitando a capacidade de expansão do setor. Esperamos com este “Fórum Estadão Brasil Competitivo” e com a apresentação do livro “Rumo ao Futuro do Campo” contribuir de modo pragmático para o fortalecimento do agronegócio e, assim, para o desenvolvimento do País.

Ao darmos início a este 3º Fórum, resultante des-ta parceria com o tradicional e reconhecido jornal O Estado de S.Paulo, rendo nossas homenagens aos seus dirigentes e à sua notável equipe de profissionais. Em nome da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, dos presidentes de Sindica-tos Rurais do Estado de São de Paulo e neste ato de toda a competente e eficiente liderança do sistema agropecuário nacional, quero registrar nossas home-nagens a todas as personalidades presentes e ilustres representantes dos candidatos.

Acreditamos no presente e no futuro do Brasil, somos otimistas, pois nunca nos esquecemos da frase de nossos avoengos, surgida há cerca de 200 anos em períodos de seca: “Se Deus quiser, o ano que vem será melhor”, quando a única política que existia era a política da fé.