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19 Informativo FAESP | NOVEMBRO - DEZEMBRO /2014

Custo logístico no Brasil é 19% do PIB

Durante o evento Rumo ao ­Futuro do Campo, a Federação da ­Agricultura e Pecuária do ­Estado de São Paulo (FAESP) lançou o ­livro “Rumo ao Futuro do ­Campo”, com propostas aos presidenciáveis, que foram apresentadas pelo chefe do ­Departamento Econômico da FAESP, Cláudio Brisolara.

Na área de infraestrutura e logís-tica, Brisolara afirmou que os pro-blemas que o Brasil tem em portos, hidrovias e ferrovias fazem com que o País tenha um custo de logística em torno de 19% do PIB, quando deveria ser de cerca de 6%. Especificamente para o setor rodoviário, uma das pro-postas é a construção, pavimentação e duplicação de rodovias para esco-amento da produção. No segmento ferroviário, trabalhar o modelo de concessão de ferrovias. Já no setor hidroviário, propõe-se utilizar mais a navegação por cabotagem. Para isso, destacou ser preciso alterar alguns aspectos da legislação para permitir que embarcações estrangeiras tam-bém operem no sistema.

Outra subárea abordada pelo li-vro é a tributária. Neste aspecto é preciso fazer uma reforma tributária, de modo a diminuir as alíquotas e simplificar o sistema brasileiro, além de unificar o ICMS, para acabar com a guerra fiscal entre os estados. Na área de estímulo às ­exportações, defende-se a amplia-ção da participação brasileira no mercado global. Segundo Brisolara, é preciso investir em negociações comerciais bilaterais com mercados estratégicos e aumentar o número de adidos agrícolas.

Na área de crédito agrícola, afir-mou que uma das reivindicações para que seja menos burocrático é a ofer-ta de crédito rotativo pré-aprovado, para que o produtor possa buscar os recursos facilmente durante o ano- -safra, pois o crédito oficial atual sub-sidiado é muito burocrático e ­exige garantias em excesso.

No apoio à produção, disse que o programa de seguro precisa es-tabilizar a renda do produtor, para que o setor possa crescer de maneira

estável, mesmo em períodos desfa-voráveis, como em anos de clima ad-verso ou preços mais baixos. “Hoje, o seguro agrícola protege 13% da área, bem abaixo dos 80% a 90% registra-dos nos Estados Unidos.”

Na área de mão de obra, entre as principais propostas do livro estão a adequação e a flexibilização da legis-lação trabalhista no meio rural. Para a defesa agropecuária, a proposta apresentada é a criação de uma Se-cretaria de Defesa Agropecuária nos moldes da Receita Federal do Brasil. Na área de agroenergia, apre-senta-se proposta para uma política clara de Estado para biocombustí-veis, como forma de fazer o agrone-gócio trabalhar com um horizonte conhecido em relação às expectati-vas. Outra sugestão é a realização de leilões de energia elétrica espe-cíficos e regionais para a geração de biomassa e fomento à pesquisa para ­desenvolvimento de biocombustí-veis de segunda geração.

Cláudio Brisolara, chefe do ­Departamento Econômico da FAESP, apresentou as propostas do livro “Rumo ao Futuro do Campo”

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