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A seca é um fenômeno natural re-sultante da baixa precipitação pluvio-métrica em relação ao que é normal para determinada região geográfica. Por ser um processo longo, difere da estiagem, tendo consequências agrí-colas, econômicas e sociais. Já a es-tiagem consiste em curtos períodos, de 10 a 15 dias, nos quais observa-se uma precipitação inferior à média normal para a região, afetando prin-cipalmente, e quase exclusivamente, as atividades agrícolas.

A situação do produtor rural que, no início do ano já era preocupante, devido à forte estiagem que enfren-tara, se agravou com o passar dos dias. As chuvas se tornaram cada vez mais escassas, prejudicando a for-mação das lavouras e a recarga dos lençóis freáticos, com consequências drásticas para a sociedade e, espe-cialmente, para as atividades agro-pecuárias. Na maioria dos casos, nem mesmo a irrigação pode ser adotada mediante a falta de reserva hídrica.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) ouviu dirigentes rurais, das principais regiões afetadas no es-tado, para analisar a situação. Den-tre os produtores ouvidos, a grande maioria relatou algum impacto da seca na zona rural. Cana-de-açúcar, café, soja, milho, pecuária de corte e leiteira, arroz, eucalipto, frutícolas, batata e outras olerículas são exem-plos de culturas afetadas dentro do estado. Alguns agricultores, segundo se apurou, viram-se obrigados a des-tinar sua produção à silagem com a finalidade de amenizar as perdas e tentar cobrir os custos de produção, uma vez que o desenvolvimento não fora satisfatório e tornara a colheita economicamente inviável.

Na mesorregião de Ribeirão Preto, no setor canavieiro, perdas entre 20% e 25% foram relatadas. Na mesorregião de Campinas, com destaque para a produção de bata-ta, perdas foram projetadas entre