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4 JUNHO - JULHO - AGOSTO /2014 | Informativo FAESP
Em fevereiro deste ano, fizemos um pronunciamento que teve ampla repercussão nacional, por intermédio de publicações em jornais, revistas, rádio e TV, no qual afir-mávamos que a seca, no Estado de São Paulo, já provoca-ra perdas de até mais de 50%, os produtores amargavam prejuízos e o abastecimento poderia ser comprometido. Na ocasião, a nossa declaração estava embasada por constantes deslocamentos ao interior, quando consta-tamos o efeito danoso da condição climática sobre as lavouras que já sofriam estragos pela falta de chuva há mais de 40 dias. As temperaturas também estavam ele-vadíssimas, muito acima das médias históricas e esta combinação contribuía para uma maior evapotranspira-ção, diminuindo a disponibilidade hídrica no solo e agra-vando o problema da estiagem.
Neste mês de setembro, após novos e recentes des-locamentos ao interior do estado, quando verificamos a persistência do problema do início do ano, voltamos não
só a veicular o assunto na imprensa, como destacamos o tema da seca nesta edição do nosso Informativo, porque seus efeitos continuam a causar apreensões e consequên-cias econômicas negativas sobre as atividades agrícolas. Na verdade, atualmente a situação é até mais grave do que a relatada em fevereiro, pois, depois de análise apurada os especialistas verificam que o rico interior do Estado de São Paulo enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos, em consequência da ausência de chuvas desde o final do ano passado.
O rio Tietê baixou em até oito metros na região de Araçatuba, a 467 quilômetros de São Paulo, interrompen-do há dois meses o tráfego de barcaças na Hidrovia Tietê/ Paraná, uma das maiores do País, já que há lugares onde o rio está no nível zero. Com isso, não será possível escoar parte das seis milhões de toneladas de grãos transporta-das por ali anualmente.
Diante do agravamento da estiagem temos promovi-do reuniões com autoridades e os nossos sindicatos, vi-sando encontrar alternativas para mitigar tão inquietante problema.
Em Monte Mor, por exemplo, com a nossa presença, a FAESP e mais vinte e seis sindicatos rurais com atua-ção nos municípios das bacias PCJ (Piracicaba, Capivari, Jundiaí), prefeitos e autoridades lançaram o Pacto pela Água do setor rural para as bacias PCJ. O documento, reproduzido nesta edição do nosso Informativo, visa au-mentar a conscientização e tomada de providências para atenuar a grave crise hídrica atual, orientando os usuários de água do meio rural de forma a garantir a produção e a continuidade das atividades agropecuárias na região, atendendo conjuntamente o seu uso sustentável. A meta é apresentar um plano de trabalho que con-sistirá na manutenção e recuperação de nascentes pelos próprios produtores rurais e implantação de tecnologia que visa a economia de água durante a irrigação, garan-tindo a produção agrícola sem prejuízo dos mananciais. Em outras regiões do estado, a FAESP também se mobili-za com outros sindicatos para ações que possam diminuir o impacto dos danos causados pela estiagem.
Ao constatar que este grave problema continua as-solando os nossos municípios e causando danos às atividades agrícolas não podemos deixar de dizer ser
A seca e a urgência do
Seguro Rural no cerne da política agrícola
FábioMeirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP, AGRISHOW e FUNDEPEC
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