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« Previous Page Table of Contents Next Page »55 Informativo FAESP | MARÇO - ABRIL - mAIO /2014
produtores estejam mais protegidos, para que não haja comprometimento do abastecimento da população”. Meirelles esclareceu que, na re-gião de Araçatuba, por exemplo, produtores de milho estavam ofere-cendo suas áreas para produção de silagem, a fim de minimizar as per-das, pois já não acreditavam em pro-dução satisfatória de grãos. “Animais têm sido vendidos e/ou transferidos para outras áreas, pois as fontes de água para os animais secaram.” Resumidamente, o presidente da FAESP destacou como a situação afe-tava a produção rural paulista:
Soja E Milho – as perdas pode-riam ser elevadas, não inferiores a 35%. O calor elevado traz aborto das flores e menor formação de vagens na soja. Em estágios mais avançados, a seca impede o adequado enchi-mento dos grãos. No caso do milho, em certas regiões, as perdas eram de 50% e, com a falta de chuva, pode-riam ser totais;
Cana-de-Açúcar – a seca impac-tou mais os canaviais novos a serem cortados no fim da safra 2014/15. Nas áreas com plantios novos, a umidade do solo foi mais crítica, devido a me-nor cobertura;
Laranja – a seca afetou a produ-ção de laranja, pois os frutos tive-
ram seu desenvolvimento compro-metido. As laranjas tardias da safra 2013/14 ficaram murchas, enquanto as da próxima safra merecem ade-quada avaliação;
Café – a baixa umidade e as altas temperaturas na fase de granação resultam na má formação de grãos, que ficam irregulares. Em termos de qualidade os prejuízos foram ex-pressivos. O café já vinha atravessan-do uma grande crise e se o governo tivesse atuado em tempo, quando o setor produtivo apresentou seus pleitos, provavelmente os prejuízos seriammenores;
Pastagens – além da perda de peso do gado, outro problema é a dificuldade de dessedentação dos animais, pois muitos açudes, lagoas e córregos secaram.
O presidente da FAESP lembrou que somente chuvas poderiam tra-zer alento aos produtores, mas de acordo com as estimativas meteoro-lógicas analisadas, o clima quente e seco ainda persistiria nos próximos 10 dias. “A previsão é de redução das temperaturas médias a partir de 20 de fevereiro e retorno regular das chuvas em março. Sem perspectiva de chuva, o clima de desânimo é cres-cente entre os produtores”.
Especificou também que além da redução da produção que diminui a disponibilidade de alimentos, fibras e grãos, outro agravante é a perda de renda agropecuária, que termina impactando toda a cadeia de produ-ção, desde as fábricas de insumos até o varejo, repercutindo no bem-estar das famílias dos produtores rurais.” “Enfim, o cenário que vivemos e que, infelizmente, se repete de tempos em tempos, já é nosso velho conhe-cido, mas como ainda não foi resol-vido, a cada vez exige providências mais imediatas para ser solucionado de vez, porque não é mais possível só continuarmos a contar commeras medidas paliativas, que só transfe-rem necessidades para outros e ou-tros anos”.
Fábio Meirelles finalizou afirman-do: “Vamos manter a fé, orações e torcer e torcer pela breve reversão do quadro climático”.
Além da redução da produção que diminui a
disponibilidade de alimentos, outro
agravante é a perda de renda agropecuária
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