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O Presidente da FAESP ressaltou que, no segundo painel, a sugestão era para o debate sobre outro impor-tante tópico da agenda agropecuária, questão que é recorrente em países desenvolvidos, mas que no Brasil ain-da não recebe a devida atenção: “a defesa da concorrência e seu papel para o desenvolvimento e sustentabi-lidade do setor agropecuário”.

Meirelles destacou que fusões e aquisições, concentração horizon-tal, verticalização, poder de compra, transparência de mercado, discre-pância entre os preços recebidos pelos produtores e pagos pelos con-sumidores são temas que precisam receber maior atenção, pois reper-cutem diretamente na lucratividade dos produtores e determinam a per-manência ou saída da atividade, com

eventual êxodo rural.

Segundo Meirelles, fomentar o desenvolvimento das cadeias pro-dutivas não implica renunciar a obrigação moral e legal de defender equanimidade e remuneração justa aos produtores rurais, sem desconsi-derar a formação de preços em mer-cado concorrencial. “É para isso que entidades como a FAESP foram cons-tituídas. A atividade empresarial sem regulação pode gerar imperfeições de mercado que requerem correções para proteger os consumidores e os próprios produtores.”

Ele lembrou ser necessário refletir sobre essa questão com muita serie-dade, solicitando análise às seguin-tes indagações: até que ponto deve se permitir as concentrações? Quais os níveis aceitáveis de concentração? A redução do bem-estar dos produ-tores e da dinâmica econômica na base da cadeia produtiva tem sido le-vada em consideração nas operações que autorizam as concentrações? Os efeitos da concentração vertical têm sido adequadamente analisados? O que é melhor para a sociedade, um menor número de fornecedores em nome de redução do custo ou um maior número de fornecedores pro-duzindo por remuneração justa? Meirelles esclareceu que, para a

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