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Meirelles, representou, por designa-ção do presidente da corte, os home-nageados no discurso de saudação e de agradecimento pela comenda recebida. Afirmou que toda a sua trajetória de vida tem sido pautada numa filosofia – defender a “perma-nência do homem no campo”. “O que fiz, além de defender seus interesses, foi contribuir para que os homens e mulheres na área rural tivessem por todas as formas o acesso à educa-ção, desde a alfabetização, como as mais modernas técnicas de formação profissional, permitindo com isso o aumento da capacidade de produção de alimentos para atender o abaste-cimento da população brasileira com seus 203 milhões de habitantes.” Salientou que a escolha de um agricultor, um pesquisador, uma cientista e dois literatos para

serem agraciados com o Grande-Co-lar do Mérito do Tribunal de Contas da União evidencia o olhar multidis-ciplinar com o qual “esta Corte de contas analisa nossa sociedade”. “Re-presenta o reconhecimento por uma das mais elevadas instituições brasi-leiras, de que o futuro da nossa nação está nas mãos de cada homem e de cada mulher que desenvolvem sua atividade, que cumpre o seu papel com entrega, dedicação, em busca do bem comum e da formação de uma coletividade próspera e fraterna.” Lembrou que esta preocupação, que transcende o universo institucio-nal burocrático da capital da Repúbli-ca, é a prova de que esta Corte está ciente de seu papel fundamental no amadurecimento da nossa democra-cia. “Que o controle não é mais a sua única finalidade. Que seu papel hoje se encontra superdimensionado, que o controle exercido de forma séria e criteriosa é um instrumento que ajuda a desenvolver a cidadania sem a qual é impossível exercer o nosso patriotismo em sua plenitude.” Afirmou que o tribunal revelou- -se nos últimos anos uma verdadeira trincheira, uma fortaleza, a qual se mantém incólume diante das pres-sões naturais resultantes da relação entre fiscalizadores e fiscalizados.

“Em um momento da vida deste país no qual percebemos um claro distanciamento entre as instituições e os cidadãos, esta Corte faz o traje-to oposto: ‘vigia a boa aplicação dos recursos públicos federais, zela não apenas pela economicidade, mas também pela conveniência, pela legalidade, pelo interesse público genuíno e por todos os valores ins-culpidos na nossa Lei Maior – a Cons-tituição da República.”

Disse que o Grande-Colar do Mé-rito do Tribunal de Contas da União significa, a um só tempo, uma con-decoração e também uma responsa-bilidade. “Afirmo isto uma vez que esta comenda espelha a expectativa da elevada Corte de contas acerca da nossa contribuição enquanto ci-dadãos, cada um em sua respectiva área, para continuar transformando a realidade em busca de um ambien-te mais sustentável, justo, igualitário e próspero.”

Finalizou fazendo a leitura de uma pequena reflexão do poeta e amigo, o imortal Paulo Bonfim: “Ho-mem do Campo, Trago para a Cidade um Imenso Amor à Terra. Em Nome da Terra que Embala Meus Sonhos e da Esperança que me Acompanha pelos Caminhos de Brasilidade da Rosa dos Ventos”...