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Representante da candidata do PSB à Presidência da Repúbli-ca, Marina Silva, o biólogo João Paulo Capobianco utilizou gran-de parte de seu pronunciamento durante o Fórum Estadão Brasil-Competitivo: “Rumo ao Futuro do Campo” para criticar as políticas do governo para o agronegócio. Segun-do ele, as principais dificuldades que o setor enfrenta são consequência de políticas erráticas e sem diálogos da atual administração.

Afirmou que os principais entra-ves do agronegócio estão relaciona-dos ao custo Brasil elevado, que one-ra a produção; a taxas de câmbio e de juros desfavoráveis e a problemas graves de infraestrutura e na legisla-ção trabalhista.

Na sua avaliação, o maior equí-voco do governo se deu em relação ao setor de biocombustíveis. E citou como exemplo a retirada da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que teria resultado em uma perda de R$ 10 bi-lhões por ano. “O endividamento do setor em 2003 era de R$ 3,5 bilhões, hoje está em quase R$ 67 bilhões. Praticamente impossível de reverter semmudança radical”, disse.

Ressaltou entre as propostas da ex-senadora, na área de política co-mercial, que o Brasil deve avançar na construção de acordos comerciais com países importantes. “O Brasil ficou preso à lógica reducionista do Mercosul, que não pode ofuscar o conjunto de ações que o País precisa

Na área de política de renda, sa-lientou ser importante implementar um seguro rural que vá além do atual seguro contra catástrofes climáticas. Para a política tecnológica, desta-cou ser necessário tornar o Plano de Agricultura de Baixo Carbono mais intensamente divulgado e aperfei-çoado. Na área de governança des-tacou a necessidade de racionalizar e melhorar a articulação do “emara-nhado de órgãos federais” que têm relações com o setor rural. “Vamos otimizar essas relações, revendo a existência de alguns órgãos no Executivo”, disse.

O biólogo João Paulo Capobianco, representando a candidata Marina Silva