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« Previous Page Table of Contents Next Page »15 Informativo FAESP | NOVEMBRO - DEZEMBRO /2014
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mércio e serviços, em áreas onde esses setores se conectam à agropecuária. Mas, principalmente, o setor agríco-la brasileiro depende de boa vontade e ações governamentais para execução dos programas e projetos voltados para o meio rural a longo prazo.
A FAESP defende uma política agrí-cola plurianual, com horizonte de 4 a 5 anos, programas setoriais perma-nentes, lastreados na elevação da pro-dutividade, no ganho de efciência, na
segurança alimentar e na estabilização da renda no campo.
Para a Federação, que reúne 238 sindicatos e 322 extensões de base, o que lhe garante presença na quase totalidade dos municípios paulistas, o agro-negócio irá avançar ainda mais se seu protagonista, o produtor rural, seja ele pequeno, médio ou grande, abrigado em Sindicatos Rurais, Cooperativas ou individualmente, for atendido em suas demandas.
O homem do campo, precisa de estímulos para se manter à frente de suas atividades. Incentivado, ele gira toda a cadeia à sua volta.
O setor é fundamental para o desenvolvimento do País, esperamos que em 2015 receba a atenção, o apoio e o reconhecimento devidos, de maneira a promover o fortalecimento da economia brasileira.
FÁBIOMEIRELLES , PRESIDENTE DA FEDERAÇÃODA AGRICULTURA E PECUÁRIADO ESTADODE SÃO PAULO.
PALAVRADAFAESP
Oagroem2015
FÁBIOMEIRELLES
Oagronegócio é a base sólidada economia. Alimentamais de 200milhões de brasileiros, garante umelevado volume das exportações, produz energia limpa e renovável, gera emprego e renda, sem o mesmo, não teríamos a adequada sustentabilidade econômicaeapaz social, indispensável àpopulaçãobrasileira. Infelizmente, nunca houve uma política agrícola consistente e permanente. O agronegócio é uma força real que impulsiona omercado interno e exter-no, garante a renda efetiva, sustentabilidade e segurança jurídica. Entretanto, as características específcas do setor, que as diferenciam dos demais, não são compreendidas por parte dos governantes, ou são por eles subestimadas. Como exemplo desses fatores, citamos os entraves que afetam o setor su-croenergético, entre outros, vitimado por ações inconsistentes de Estado, entre as quais ressaltamos a ausência de um plano de longo prazo para a questão logística que tem limitado a capacidade de expansão do setor.
Outro problema grave, que atinge especialmente o pequeno e médio pro-dutor: a ausência de uma política de garantia de renda, de modo a gerar a es-tabilidade na cadeia produtiva. Os agricultores não dispõemde instrumentos de proteção contra os riscos inerentes à atividade econômica.
As soluções dependem de políticas setoriais baseadas na garantia de ren-da dos produtores rurais e na proteção de riscos, da adequação das políticas macroeconômica e ambiental, além de medidas voltadas à indústria, ao co-
PERSPECTIVASDASECA
FAESP pede ajuda imediata aos agricultores
Efeitos da faltadeágua
A seca emSão Paulo teve graves consequências para a agricultura e a pecuária, com possíveis refexos no abastecimento.Esse quadro pode continuar no próximo ano, na avaliação da Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado de São Paulo. “Como se não bastassem a falta de chuvas e a baixa umidade, as temperaturas elevadas foram prejudiciais”, afrmou Fábio Meirelles, presidente da FAESP. Emcertas regiões, já registramperdas demais de 30%nas lavou-ras. A seca afora uma antiga discussão do campo: a necessidade de instrumentos de proteção contra os riscos inerentes à atividade, em especial umseguro rural amplo e efetivo, como o de receita, temde estar no cerne da política agrícola, disse Meirelles.
A estiagem prolongada merece atenção permanente da FAESP. Seu presidente tem viajado pelo interior paulista para avaliar pre-juízos, conversar com autoridades e buscar soluções. Conduziu também amplas consultas com sindicatos e dirigentes rurais para avaliar a situação. O valormédio da produção agropecuária paulista deve chegar a R$ 57 bilhões, 3%menor que em 2013. A produção do arroz diminuiu 54%. “É fundamental a rápida e urgente liberação de recursos para o crédito e o seguro”, afrmou Meirelles. “O produtor afetado pelo clima precisa de mais atenção do governo”. A escassez de chuvas afetou tambémos lençóis freáticos. A irriga-ção não pode ser adotada emalgumas regiões. Emoutubro, a FAESP, com26 sindicatos rurais demunicípios da bacia PCJ (que engloba os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), prefeitos e lideranças regionais lançaram o Pacto pela Água, com o objetivo de aumentar a cons-cientização e tomada de providências para atenuar a crise hídrica.
Problemas provocados pelamudança do padrão climático nas principais culturas dos campos do estado de São Paulo
CAFÉ Perdas de 5%a 10%, queda de produtividade e comprometimento da qualidade e da renda dos produtores
CANA-DE-AÇÚCAR Antecipação da colheita e quebra de safra de quase 5%emcomparação a 2013. Queda de receita no campo da ordemde R$ 1,6 bilhão
LARANJA Atraso na colheita e estimativa de quebra de 5%; redução da remuneração dos produtores e descapitalização
PASTAGENS Risco de redução de plantel para produtores descapitalizados e prejuízo na engorda de animais; aumento de custos na pecuária leiteira e menor produtividade
MILHO Variação negativamédia na produçãode 12%. A receita no campo caiu e pode haver redução de área plantada em2015.
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