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foi aberto pelo Presidente Fábio Meirelles e contou com a participa-ção do jurista Ney Prado, Presidente da Academia Internacional de Direi-to e Economia; e com palestras do economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo e do Chefe do Departamento Econômico da FAESP, Cláudio Brisolara.

A Escola de Comando e Estado- -Maior do Exército, situada no bairro da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, é um estabelecimento de ensino tra-dicional do Exército Brasileiro. Sua missão é a de preparar ofi-ciais superiores para o exercício de funções de Estado-Maior, comando, chefia, direção e de assessoramento aos mais elevados escalões da Força Terrestre. Além disso, coopera com os órgãos de direção geral e setorial no desenvolvimento da Doutrina Militar para o preparo e o emprego da Força Terrestre.

Na oportunidade, Meirelles dis-se da sua satisfação em receber tão ilustres visitantes: “Este intercâmbio é de suma importância, pois nos pos-sibilita incrementar os nossos conhe-cimentos em vários aspectos de inte-resse da nação”.

Afirmou que a agricultura brasi-leira vem ao longo dos anos se tor-nando cada vez mais competitiva, moderna e integrada ao desenvol-vimento nacional. “A agropecuária nacional paga pelo seu sucesso, por conseguir contornar as dificuldades e cumprir sua parte na expansão da oferta de alimentos, o setor é tratado com certo grau de indiferença.” Disse que o descaso levou os go-vernos a negligenciarem um plane-jamento mínimo e os investimentos necessários para manter o agrone-gócio no seu caminho balanceado de crescimento. “O caso mais emblemá-tico é o da infraestrutura de trans-porte e armazenagem. O custo logís-tico brasileiro gira entre 15% e 20% do PIB, enquanto deveria situar-se

próximo a 6,5%. Mais de 60% das car-gas são transportadas por rodovias, o transporte mais ineficiente do ponto de vista econômico e ambiental.” Salientou que o Brasil deveria ter uma capacidade estática de armaze-nagem 20% superior à sua produção de grãos, mas, em vez disso, tem um déficit de armazenagem de 24%. “Por isso, temos uma estocagem sobre rodas, são caminhões e mais cami-nhões carregados de grãos em filas nos portos.”

Especificou ser a situação preocu-pante, pois os investimentos em pes-quisa e inovação recuaram, os órgãos de extensão rural estão sucateados e a política setorial só faz diminuir sua importância.

Meirelles disse que “O sucesso do agro deve-se essencialmente aos investimentos privados, ao empreen-dedorismo e vocação daqueles que no meio rural dedicam suas vidas.” Ao finalizar, acrescentou que se o setor agropecuário tivesse con-tado nos anos recentes com maior apoio, poderíamos estar produzindo e exportando mais e por menor cus-to, gerando empregos e renda para

O Chefe do Departamento Eco-nômico da FAESP, Cláudio Brisolara, ao discorrer sobre o tema “A agrope-cuária nacional”, afirmou que o Bra-sil utiliza apenas 8% de sua área to-tal com a agricultura (72 milhões de hectares) e dispõe de 100 milhões de hectares para introduzir no proces-so produtivo, sem colocar em risco áreas de conservação e as florestas nativas.

Brisolara afirmou que entre os entraves do desenvolvimento do se-tor estão a infraestrutura deficiente (transporte e logística); barreiras comerciais e protecionismo; política tributária, trabalhista.

Ele salientou que a política agrí-cola precisa ser revista para o novo cenário da agricultura mundial. O economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, abordou o tema “Desafios e oportu-nidades da economia”, quando ex-plicitou que o Brasil se depara com alguns problemas como redução da renda; diminuição do consumo; me-nor crescimento econômico.

Meirelles e o Coronel Rogério de Amorim Gonçalves, Chefe da Divisão do Curso

de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAx)