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Citricultura - Nota de Esclarecimento

Segue abaixo o teor da nota vei-culada, no último dia 30 de janeiro, no jornal O Estado de S. Paulo , na seção Fórum dos Leitores, com os esclareci-mentos desta federação sobre o edi-torial intitulado “A Crise da Laranja”, divulgado no último dia 28/01, pág. A3. Observamos que no referido arti-go o sr. Presidente, dr. Fábio Meirel-les, aborda a realidade dos fatos que envolvem o setor citrícola, a criação do Consecitrus e a respectiva repre-sentação que tramita no CADE.

CITRICULTURA

Esclarecimento

Na qualidade de presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, vejo-me na obrigação de prestar os seguintes esclarecimentos sobre o editorial “A Crise da Laranja” (28/1, A3).

1) Se é bem verdade que existe um problema de preços nomercado inter-nacional, não é menos verdadeiro que os produtores de laranja no Estado enfrentam forte concentração indus-trial, que exerce poder de oligopsônio. 2) Oaviltamento de preços deve-se em grande medida a preços impostos pelo setor industrial aos citricultores, que estão sendo obrigados amudar de cultivo ou vender suas terras. 3) O setor industrial aproveita se dessa situação para comprar essas mesmas terras ou terras em outras regiões com custos inferiores, au-mentando cada vez mais seus poma-res e o domínio do mercado.

4) Esta federação interpôs repre-sentação no Cade a fim de garantir condições paritárias e igualitárias de representação dos citricultores, como forma de tornar viável um Conseci-trus que tenha isenção e equilíbrio para reestruturar a cadeia produtiva. 5) Se vigorasse uma economia de livre mercado em condições concor-renciais verdadeiras, os citricultores poderiam levar a cabo uma maior modernização do setor, com uso mais intensivo de tecnologia. 6) O Consecitrus é um projeto promissor, como consta do editorial, mas está sendo desvirtuado pelo se-tor industrial, que lá tem maioria, em detrimento dos produtores rurais. Para funcionar, esse conselho de-veria ser representativo e paritário, com maior participação dos agricul-tores, o que hoje não ocorre. 7) Não há disputas ou divergências de pensamento entre os citricultores; de fato, o que há é uma estratégia de ação visando à desagregação da repre-sentação legítima dos citricultores. 8) Por último, ressalte-se que o Estatuto do Consecitrus contou com a contribuição desta federação, tendo os termos acordados com a indústria sido desrespeitados. O des-virtuamento de sua atividade foi o desfecho dessa situação.

FÁBIO MEIRELLES

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